segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Em 1747, FELICIANO VELHO OLDENBOURG, o fundador da companhia de comércio denominada Companhia da Ásia Portuguesa, fechou umcontrato com o governo português para transportar , para o atual Estado de Santa Catarina, as cerca de 4.000 familias açorianas que atendaram ao edital de D. JOÃO V. A maioria delas emigrou porque a miséria grassava no Arquipélago, resultado do fraco desenvolvimento das ilhas na produção do trigo e do pastel, uma planta tintureira, outrora as suas maiores riquezas. A isso acresceu-se o excesso demográfico, que atingia níveis intoleráveis nas ilhas maiores.
Santa Catarina recebeu 4.612 pessoas em 1748, 1.666 em 1749, 860 em 1750 e 679 em 1753. Somente nesses cinco anos, os casais açorianos que ali seestabeleceram duplicaram a escassa população da então capitania de Santa Catarina. Dos imigrantes aportados, trinta por cento fixou-se nas freguesias de Nossa Senhora do Rosário, da Enseada de Brito e de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa. Esse forte contingente ilhéu saiu de 72 freguesias dos Açores distribuídas pelas ilhas Terceira, São Jorge, Graciosa, Pico, São Miguel,Santa Maria e Faial. Depois disso a emigração das ilhas ocorreu com homens solteiros, mulheres solteiras e familias. Deve-se a essa gente o povoamento das regiões litorâneas do sul do Brasil, especialmente dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A imigração continuou no Século XX. Na década de 1911 a 1920, emigraram para o Brasil 2.740 açorianos. Na década de 1921 a 1930, foi de 3.401 o número de açorianos emigrados.

Nenhum comentário: